quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O começo de cada coisa

O começo de cada coisa

Toda coisa começa.
Começa como um sopro, um choro, uma inspiração. Quando inspiramos, trazemos a existência pra dentro da gente.
Toda sua potencialidade, tensão, tesão, contradições e paradoxos convergem para uma existência única e particular: nós mesmos.

Assim entendo o mapa astrológico: uma fotografia material - porque presente em nosso corpo físico - do momento astrológico exato em que, pela primeira vez, respiramos: simbolicamente, esse momento imprime-se em nosso ser, criando assim uma estrutura - geral e complexa - que nos influenciará durante nossa existência.
Trazendo essa consideração para o campo astrológico propriamente dito, podemos pensar em várias coisas:
O signo de Áries, faísca necessária para que tudo possa queimar; lançar a semente; abrir caminhos; chegar antes - e desistir antes também; bater a cabeça (simbólica e literalmente); objetivar, agir, liderar, lutar: a vida como um campo de batalhas, cheia de obstáculos a serem vencidos. A cabeça, a visão: paradoxalmente, também o bicho impulsivo e volúvel que habita em nós.
O Ascendente e a casa 1: como iniciamos as coisas, como nascemos/chegamos a esse mundo; a impressão primeira que causamos nos outros; nosso "personagem principal", as características que mais facilmente percebemos. Um filtro, uma lente, uma porta de entrada para as experiências - como destacamos certos aspectos de uma situação em detrimento de outros; como nos auto-afirmamos. Resumos da ópera: tudo aquilo que diz respeito ao eu.

Há outras associações, mas por ora essas bastam.

Na verdade, tudo isso me veio quando decidi, num momento preguiçoso de domingo, iniciar o meu blog sobre astrologia.
Aqui haverá idéias gerais sobre astrologia, comentários sobre transitos astrológicos, eventuais observações sobre os signos, e a parte que julgo mais divertida: as relações entre astrologia e arte, política, literatura, cinema, música, fatos banais e o que mais calhar.

E, pra começar paradoxalmente, uma pequena jóia de Paulo Mendes Campos.
http://www.almacarioca.com.br/cro82.htm

E

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